Violência Doméstica: um problema de todos nós.
- contato301562
- 12 de ago. de 2024
- 3 min de leitura

A violência doméstica, um crime que se infiltra nos lares e destrói famílias, sendo um problema social que afeta a todos. Essa realidade cruel, marcada por agressões físicas, psicológicas, sexuais, patrimoniais e morais, permeia nossa sociedade e exige uma resposta urgente e coletiva.
A violência doméstica não surge do nada. É um ciclo perverso que se alimenta de desigualdades de gênero, padrões culturais e sociais. A agressão inicial, muitas vezes disfarçada de amor ou ciúme, é seguida por um período de remorso e pedido de perdão, criando um falso senso de segurança na vítima. No entanto, o ciclo se repete, intensificando-se a cada episódio.
As faces da violência doméstica
A violência doméstica se manifesta de diversas formas, muitas vezes ocultas aos olhos da sociedade. A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), um marco legal fundamental para o combate a esse crime, nos apresenta uma visão abrangente dos tipos de violência que a mulher pode sofrer, indo muito além das agressões físicas.
É importante ressaltar que a violência não se restringe a um único tipo de agressão, mas sim a um conjunto de comportamentos que visam controlar e submeter a mulher. Além disso, a violência doméstica não é um problema individual, mas sim um problema social, que exige a ação de todos nós para ser combatido.
A lei Maria da Penha, definiu os 05 (cinco) de violência, no seu artigo 7º, sendo eles:

A violência física, marcada por socos, chutes, queimaduras e outras lesões, é a face mais visível desse problema.

No entanto, a violência psicológica, que atinge a autoestima e a saúde mental da mulher, é igualmente devastadora. Ameaças, humilhações, controle excessivo e isolamento social são algumas das formas pelas quais a violência psicológica se manifesta, deixando cicatrizes profundas e duradouras.

A violência sexual, que invade a intimidade da mulher, é outra face cruel desse crime. Estupros, assédios e outras formas de coerção sexual são utilizadas pelos agressores para exercer poder e controle sobre suas vítimas.

A violência patrimonial, que envolve a subtração de bens, a destruição de objetos pessoais e o controle financeiro, também é uma forma de violência que impede a mulher de ter autonomia e independência.

A violência moral, por sua vez, ataca a honra e a dignidade da mulher, através de calúnias, difamações e injúrias. Essa forma de violência busca minar a imagem da mulher perante a sociedade e isolar suas vítimas.
As consequências da violência doméstica
As consequências são devastadoras para as vítimas e para toda a sociedade. As mulheres que sofrem violência doméstica têm maior risco de desenvolver problemas de saúde física e mental, como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. Além disso, podem ter um impacto negativo na vida profissional e social das vítimas, dificultando sua inserção no mercado de trabalho e suas relações sociais.
As crianças que testemunham ou vivenciam a violência doméstica também são profundamente afetadas. Elas podem desenvolver problemas comportamentais, emocionais e de aprendizado, além de serem mais propensas a repetir os padrões de violência em suas próprias relações no futuro.
A importância da denúncia e da busca de uma boa orientação profissional
É fundamental quebrar o silêncio e denunciar a violência doméstica. A Lei Maria da Penha, um marco legal no combate à violência contra a mulher, garante proteção às vítimas e pune os agressores. Existem diversos canais de denúncia disponíveis, como a Central de Atendimento à Mulher (180), as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).
A violência doméstica é um problema complexo e multifacetado que exige uma abordagem integral. Além das medidas legais e sociais para proteger as vítimas, é fundamental oferecer orientação especializada tanto para elas quanto para os agressores. Essa orientação desempenha um papel crucial na busca por soluções duradouras e na prevenção de novos casos de violência.
Se tiver, busque orientação com seu advogado de confiança para assegurar os seus direitos, bem como os procedimentos legais e representação em juízo, tanto como eventual vítimas ou agressor.

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